Empresas perdem dinheiro no Simples Nacional? Veja se outro regime é melhor para você

Empresas perdem dinheiro no Simples Nacional? Veja se outro regime é melhor para você

É comum encontrar relatos de que empresas perdem dinheiro no Simples Nacional por falta de planejamento tributário adequado. Embora esse regime seja conhecido por sua simplicidade e alíquotas reduzidas, ele não é necessariamente o mais vantajoso para todos os tipos de negócios.

Dependendo da atividade, do faturamento e das despesas da empresa, o Lucro Presumido ou o Lucro Real podem representar uma economia tributária significativa.

Neste artigo, você vai entender:

  • Quando o Simples Nacional se torna um prejuízo disfarçado;

  • Como comparar os regimes tributários;

  • Quais fatores devem ser considerados na escolha do regime;

  • Exemplos práticos de comparação entre Simples, Presumido e Real;

  • Como a Qualic Contabilidade pode ajudar você a pagar menos impostos com segurança.

O que é o Simples Nacional e por que ele é tão popular?

O Simples Nacional é um regime tributário criado para simplificar o pagamento de impostos por micro e pequenas empresas. A principal vantagem está na unificação de tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia (DAS).

Entre os impostos inclusos estão:

  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)

  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)

  • PIS (Programa de Integração Social)

  • COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)

  • CPP (Contribuição Previdenciária Patronal)

  • ICMS (para comércio e indústria)

  • ISS (para prestadores de serviço)

No entanto, a unificação nem sempre significa economia real. Por isso, cresce o número de empresários que descobrem tarde demais que empresas perdem dinheiro no Simples Nacional, mesmo acreditando estarem no regime mais vantajoso.

Empresas perdem dinheiro no Simples Nacional: entenda os motivos

Existem diversos fatores que levam as empresas a perder dinheiro no Simples Nacional, mesmo sem perceber. A seguir, destacamos os principais:

1. Alíquotas efetivas mais altas do que nos outros regimes

Embora as alíquotas do Simples comecem em 4% para comércio e na maior parte dos casos, em 6% para serviços, elas são progressivas. Sendo assim, quanto maior o faturamento, maior será a alíquota aplicada.

Além disso, o cálculo da alíquota efetiva leva em consideração a receita dos últimos 12 meses, o que pode levar a um aumento expressivo da carga tributária se a empresa estiver crescendo.

2. Pouca margem de lucro

Empresas com margens de lucro pequenas ou que têm muitas despesas operacionais podem se beneficiar mais do Lucro Real, onde os impostos são calculados com base no lucro efetivo e não na receita bruta.

Além disso, no Lucro Real é possível aproveitar os prejuízos de determinado período, para abater os impostos do período seguinte. Devido as suas características, o regime em questão pode ser muito interessante para empresas com baixa lucratividade.

3. Alto volume de folha de pagamento

Empresas com muitos funcionários podem sair perdendo no Simples, já que o INSS patronal está embutido na alíquota.

Em alguns casos, a depender do tipo de atividade da empresa, é possível buscar soluções como a desoneração da folha de pagamento, que reduzem o impacto da folha no custo tributário.

4. Faturamento elevado próximo ao limite

Quando a empresa fatura próximo ao teto do Simples (R$ 4,8 milhões por ano), as alíquotas aplicadas já são bem mais altas — o que anula a vantagem da simplificação e torna o Lucro Presumido ou até o Lucro Real mais vantajoso.

Diante disso, é muito importante revisar com frequência o impacto dos impostos sobre os negócios, buscando um planejamento tributário eficiente, afim de legalmente, pagar o menor volume possível de impostos.

Como saber se você está perdendo dinheiro no Simples Nacional?

Você pode estar perdendo dinheiro no Simples Nacional se:

✅ Suas margens de lucro são baixas;
✅ Você tem muitas despesas com folha de pagamento;
✅ Seu faturamento está perto do limite do regime;
✅ Você não consegue abater créditos de impostos;
✅ Sua atividade está no Anexo V (mais oneroso);
✅ Você presta serviços e paga acima de 13% em tributos.

Se identificou em um ou mais desses pontos? Então é hora de rever seu enquadramento tributário.

Empresas perdem dinheiro no Simples Nacional por desconhecerem os “degraus” da tabela

Uma armadilha comum do Simples Nacional é o sistema de alíquotas progressivas por faixas de faturamento. Muita gente acredita que ao ultrapassar um determinado faturamento, paga-se a nova alíquota somente sobre o valor que excedeu a faixa anterior. Mas não é assim que funciona.

No Simples Nacional, ao ultrapassar um degrau da tabela, a nova alíquota é aplicada sobre todo o faturamento, o que pode gerar um “salto” brusco na carga tributária. Essa dinâmica costuma penalizar empresas em crescimento que ainda não têm estrutura para migrar de regime, mas já estão pagando impostos muito mais altos que no início.

Por isso, fazer projeções trimestrais e mensais é essencial para saber se o Simples ainda é a melhor opção — ou se já passou da hora de mudar para o Lucro Presumido ou Real.

Empresas perdem dinheiro no Simples Nacional: cuidado com o fator R: ele pode mudar tudo

Um detalhe técnico que passa despercebido por muitos empreendedores é o fator R, um cálculo previsto no Simples Nacional que define se a empresa será tributada pelo Anexo III (alíquota menor) ou pelo Anexo V (alíquota maior).

O fator R é calculado da seguinte forma:

Fator R = (Folha de pagamento dos últimos 12 meses / Receita bruta dos últimos 12 meses) x 100

Se o resultado for igual ou superior a 28%, a empresa pode ser enquadrada no Anexo III, com alíquota a partir de 6%, o que reduz significativamente a carga tributária. Se for inferior a 28%, permanece no Anexo V, com alíquota a partir de 15,50%, e que por isso, costuma ser bem mais oneroso.

Portanto, o empreendedor pode estar pagando mais imposto do que deveria apenas por não acompanhar o fator R, ou por não fazer uma gestão estratégica da folha de pagamento.

A boa notícia é que existem formas legais de melhorar esse índice, como incluir pró-labore e encargos de sócios na folha, ou reorganizar a estrutura de contratação da empresa.

Empresas do setor de serviços são as mais afetadas

Outro ponto importante é que empresas prestadoras de serviço, especialmente as que atuam com profissionais altamente qualificados, como advogados, médicos, engenheiros, psicólogos, arquitetos, consultores e programadores, são as que mais perdem dinheiro no Simples Nacional.

Isso acontece porque a maior parte dessas atividades está enquadrada no Anexo V do Simples, que tem alíquotas mais altas e não permite a dedução de despesas, o que reduz drasticamente a vantagem tributária.

Muitas dessas empresas, ao migrarem para o Lucro Presumido, conseguem manter a conformidade fiscal e ainda reduzir os custos, mesmo tendo que lidar com obrigações acessórias um pouco mais complexas.

Empresas perdem dinheiro no Simples Nacional, pois o Simples pode não ser tão simples assim

Empresas de tecnologia (como desenvolvedores, agências digitais, startups, consultorias e gestores de tráfego) costumam começar no Simples Nacional por conta da facilidade de adesão. Porém, muitas delas logo percebem que o crescimento do faturamento não acompanha a eficiência tributária do regime.

Com o avanço das receitas e baixa estrutura de custos, essas empresas tendem a ultrapassar rapidamente os limites mais vantajosos do Simples, caindo em alíquotas efetivas superiores a 15% ou até 18%, dependendo do caso.

Além disso, a maior parte dessas atividades entra no Anexo V, com alíquotas mais pesadas — e muitas vezes seria mais econômico operar no Lucro Presumido.

Sendo assim, podemos afirmar, que empresas perdem dinheiro no Simples Nacional por desconhecerem essas armadilhas e não realizarem uma análise tributária mais profunda, especialmente no setor de tecnologia, onde a margem costuma ser alta e as despesas com folha, relativamente baixas.

Vale a pena trocar de regime tributário?

Sim! É possível mudar de regime tributário no início de cada ano (geralmente até o final de janeiro). Essa decisão deve ser feita com base em uma análise detalhada da situação fiscal da empresa, levando em conta:

  • Faturamento atual e projetado;

  • Margem de lucro;

  • Despesas operacionais;

  • Volume de folha de pagamento;

  • Possibilidades de créditos fiscais;

  • Segmento de atuação.

Muitas empresas que fazem esse planejamento conseguem reduzir em até 30% sua carga tributária anual.

Empresas perdem dinheiro no Simples Nacional: O papel do contador no planejamento tributário

Uma empresa que conta com um contador especializado, como os profissionais da Qualic Contabilidade, tem muito mais chances de escolher o regime tributário mais econômico e evitar prejuízos desnecessários.

O contador pode:

  • Realizar simulações com base nos três regimes;

  • Apontar os riscos e oportunidades fiscais;

  • Analisar a viabilidade de mudança de regime;

  • Sugerir estratégias de economia legal com segurança.

Conclusão: você também pode estar perdendo dinheiro no Simples Nacional

A verdade é que muitas empresas perdem dinheiro no Simples Nacional por acreditar que esse é o único caminho para pagar menos impostos. Mas como vimos ao longo deste artigo, essa decisão depende de diversos fatores e deve ser feita com base em dados concretos e orientação especializada.

Não espere até o próximo ano para descobrir que está pagando mais impostos do que deveria. Faça agora uma análise detalhada da sua situação fiscal com o apoio de quem entende do assunto.

💡 Quer pagar menos impostos sem correr riscos?

Se você desconfia que está perdendo dinheiro no Simples Nacional, a Qualic Contabilidade pode ajudar você a fazer um planejamento tributário completo para descobrir qual é o melhor regime para sua empresa.

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